Virose ‘xenhenhem’ eleva demanda em postos da cidade

Febre, mal-estar, dores no corpo e diarreia. Após uma maratona de seis dias de Carnaval, os sintomas característicos das viroses começam a aparecer.

Nos postos de saúde da capital baiana, a procura por atendimento cresceu cerca de 15% após a festa, segundo informações da Secretaria da Saúde do Município (SMS).

A proliferação da doença, já batizada popularmente como “xenhenhem” – uma alusão à música da banda Psirico, uma das mais tocadas no Carnaval 2015 -, deve-se, sobretudo, ao contato muito próximo entre as pessoas, como nas aglomerações de foliões.

De acordo com o pneumologista Jorge Benevides, o consumo de bebidas alcoólicas, associado ao gasto excessivo de energia, também propicia o aparecimento das viroses.

“A bebida alcoólica induz a uma maior eliminação de líquidos do organismo. A má alimentação, as poucas horas de sono e o esforço contínuo ao dançar deixam as defesas do organismo  muito baixas”, explica.

Segundo o médico, são comuns outros sintomas, como dor física, tosse, nariz entupido, como ocorrem em uma gripe ou resfriado. “Um dos primeiros sintomas é a fraqueza. Em seguida surge a febre, que, geralmente, fica entre 38 e 39 graus”, descreve.

O estudante Carlos Santana Jr., 29, foi acometido pela doença nos primeiros dias de Carnaval. “Saí na quinta-feira e no sábado. No domingo, já comecei a sentir dores de cabeça”, conta.

A técnica em informática Tânia Ribeiro sequer pisou na avenida nos últimos dias, mas foi diagnosticada com a doença na última segunda-feira. “Senti fortes dores de cabeça, enjoo e corri para a emergência. Lá, eu era a única que não havia saído para pular atrás do trio”, brinca.

Fonte: A TARDE

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