Experiências inovadoras do Cedeba em manejo da obesidade serão compartilhadas no SUS

No próximo dia 3 de dezembro, das 8h30 às 18h30, na sede da Organização Pan-Americana de Saúde/OPAS/OMS Brasil, em Brasília, acontece o lançamento da publicação técnica “Experiências Inovadoras em Manejo da Obesidade nas Redes de Atenção à Saúde do SUS, durante seminário sobre o tema da publicação. Algumas experiências serão apresentadas e serão seguidas de debates. O Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), que participa da publicação com dois trabalhos, – de 124 inscritos em âmbito nacional foram selecionados 20 – será representado no lançamento da publicação pela nutricionista do Núcleo de Obesidade, Lorena Fracalossi. O “Gatto – Grupo de Apoio Terapêutico ao Tratamento da Obesidade” e “Fluxograma de atendimento multidisciplinar para pacientes com obesidade em uma instituição pública de referência no estado da Bahia” foram os trabalhos do Cedeba selecionados, que serão multiplicados na Rede SUS. EXPERIENCIAS INOVADORAS Para a seleção das experiências, o GT do Ministério da Saúde utilizou como critérios: relevância para o SUS, caráter inovador, sustentabilidade, equipe de atenção à saúde, reprodutividade em contextos similares, clareza e objetividade na apresentação escrita e alinhamento aos princípios e diretrizes do SUS. O Cedeba participou com seis trabalhos. O crescimento da obesidade, hoje um problema de saúde pública, exige atendimento que conte com a participação de equipe multidisciplinar, facilitando a adesão do paciente ao tratamento e a maior participação da família, observa a nutricionista do Ambulatório de Obesidade do Cedeba, Lorena Fracalossi. O Núcleo de Obesidade do Cedeba conta com equipe multidisciplinar (endocrinologistas, nutricionistas, enfermeira, psicólogos, fisioterapeuta e assistente social) capacitada para acolher, orientar e cuidar dos pacientes. A triagem é realizada pela enfermagem, que avalia se o paciente atende aos critérios para ser acompanhado no ambulatório. Em seguida, é encaminhado para a nutrição, serviço social, psicologia e fisioterapia. Após a terceira consulta com a nutricionista, é encaminhado para o médico. A cada trimestre, é realizado encontro com todos os pacientes recém matriculados no ambulatório e seus familiares, para a apresentação do funcionamento do serviço. O foco na educação é ressaltado com palestras realizadas mensalmente sobre obesidade, cirurgia bariátrica, aspectos culturais e psicológicos da alimentação, processo digestivo e metabolismo, alimentação saudável, imagem corporal, corpo e movimento. No atendimento multidisciplinar, há também os grupos de reflexão em obesidade, coordenado pela psicologia, que tem a participação de todos os profissionais do ambulatório e, ainda, o grupo semanal para o atendimento em fisioterapia. Além do fluxograma de atendimento multidisciplinar, foi selecionada também a experiência inovadora do Grupo de Apoio Terapêutico ao Tratamento da Obesidade (GATTO). São realizadas sessões individuais, exclusivamente voltadas para participantes dos grupos de auto-gestão; constelações (trabalhos em grupos para pacientes que participem dos grupos de auto-gestão ou que estejam sendo acompanhados por profissionais do Serviço de Psicologia do Cedeba. No “Gatto Medita” são feitos trabalhos em grupos, abertos a todos os pacientes acompanhados no Núcleo de Obesidade do Cedeba, com relaxamento e meditação, além de reflexões relativas à qualidade de vida. No Gatto Agita, trabalhos de movimento corporal, com a utilização de danças sagradas, dança expressiva e diversos recursos de Psicoterapia Corporal. ATENDIMENTO O Núcleo de Obesidade do Cedeba atende pacientes na faixa etária de 18 a 65 anos, com obesidade grau III, com IMC (Índice de Massa Corporal) maior que 40kg/m2, mesmo sem comorbidades, ou IMC entre 35 a 40 kg/m2, com pelo menos duas doenças associadas (diabetes, hipertensão arterial, apnéia do sono, hiperlipidemia – colesterol e triglicérides elevados- e hérnia discal). Desde a implantação do modelo de atendimento multidisciplinar, tem-se observado melhora na adesão dos pacientes e maior participação da família no tratamento, pontua Lorenna Fracalossi. Cedeba/manejo

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