Norte e Nordeste debatem dengue e chikungunya

Promovida pelo Ministério da Saúde, o evento reúne representantes das secretarias estaduais e municipais de saúde para discutir as ações de prevenção, assistência e planos de contingência

Para fortalecer e aprimorar as ações contra dengue e chikungunya no Brasil, o Ministério da Saúde promove reuniões com objetivo de discutir as medidas de prevenção, controle e combate da doença nos estados e municípios. A Reunião Macrorregional Norte e Nordeste sobre dengue e chikungunya realizada em Brasília nesta terça-feira (31) e quarta-feira (01) reúne representantes, gestores e técnicos das secretarias estaduais e municipais de saúde das duas regiões. Na semana passada, o encontro, realizado no Rio de Janeiro e discutiu estratégias para as Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

As reuniões Macrorregionais são fundamentais para o planejamento e fortalecimento das ações de combate à dengue. Além dos estados, participam representantes de municípios com mais de 100 mil habitantes. O objetivo é discutir os aspectos clínicos, de vigilância e de diagnóstico das doenças, além de abordar os desafios e perspectivas da vigilância epidemiológica.

“Apesar das regiões Norte e Nordeste estarem com uma menor incidência comparada às outras regiões, alguns estados encontram-se em situação de epidemia, então é de extrema importância mantermos as medidas de intensificação para controle e combate à dengue, para evitar novos casos e também que ocorram óbitos. Por isso a importância de uma reunião como essa, onde é possível fazer este alerta aos estados e municípios”,  informou o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho.

Um dos aspectos essenciais a serem debatidos é a assistência prestada aos pacientes com dengue e chikungunya. O manejo e atendimento adequados do paciente impactam diretamente na redução dos casos graves e óbitos. Para auxiliar os profissionais de saúde no atendimento adequado dos pacientes com dengue e chikungunya, o Ministério da Saúde possui diversas publicações sobre o tema.

Até 7 de março, foram notificados 224,1 mil casos de dengue no país. O aumento é de 162%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 85,4 mil casos. Na comparação com 2013, houve redução de 47%, ano em que foi registrado 425,1 mil casos da doença. Embora tenha ocorrido aumento de casos na comparação do período, o número de óbitos caiu 32%, passando de 76 mortes, em 2014, para 52, neste ano. Também houve redução de 9,7% nos registros de casos graves. Em 2015, foram confirmados 102 casos de dengue grave, contra 113 em 2014. O Ministério registrou 913 casos confirmados de dengue com sinais de alarme.

CHIKUNGUNYA – O Ministério da Saúde registrou 1.049 casos autóctones confirmados de febre chikungunya, até 7 de março, sendo 459 na Bahia e 590 no Amapá. Em 2014, foram confirmados 2.773 casos autóctones da doença, ou seja, de pessoas sem registro de viagem para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela e Ilhas do Caribe. Os casos foram registrados nos estados do Amapá, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Roraima. Entre 2014 e 2015, foram confirmados 100 casos importados da doença, de pessoas que viajaram para estes países.

LIRAa – O novo mapa da dengue mostra que 340 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias e 877 estão em alerta. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado no dia 12 de março, revela ainda que outras 627 cidades apresentam índice satisfatório. No total, 1.844 municípios brasileiros realizaram o levantamento, entre janeiro e fevereiro deste ano, um aumento de 26,38% em relação aos participantes de 2014. No ano passado, 1.459 municípios fizeram a pesquisa no mesmo período do ano.

O LIRAa é um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue e chikungunya. O levantamento identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito e proporciona informação qualificada para atuação das prefeituras nas ações de prevenção e controle, permitindo a mobilização de outros setores como os serviços de limpeza urbana e abastecimento de água. A região Nordeste concentra a maioria dos municípios com índices de risco de epidemia de dengue (171); seguido do Sudeste (54); Sul (52); Norte (46); e Centro-Oeste (17).

CAMPANHA – Desde novembro de 2014, o Ministério da Saúde e as secretarias municipais de saúde veiculam a campanha de combate à dengue e ao chinkungunya, que tem como slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”. Nela são divulgadas orientações à população sobre como evitar a proliferação dos mosquitos causadores das doenças e alertar sobre a gravidade das enfermidades. O Ministério da Saúde recomenda algumas medidas de prevenção, entre elas: manter as caixas d’água e outros recipientes de armazenamento de água fechados; colocar as garrafas com a boca para baixo; não deixar água acumulada sobre a laje ou calhas; manter a lixeira fechada; colocar areia nos pratos das plantas, entre outras.

Para qualificar as ações de combate aos mosquitos transmissores da dengue e do chikungunya, o que inclui a contratação de agentes de vigilância, o Ministério da Saúde repassou um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios brasileiros. Deste total, R$ 121,8 milhões foram para as secretarias municipais de saúde e R$ 28,2 milhões para as secretarias estaduais. O valor representa um subsídio de 12% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde de R$ 1,25 bilhão.

Fonte: Ministério da Saúde

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