Termina nesta quinta-feira, 30, o prazo para que uma sindicância interna indique a localização de um aparelho respirador do Hospital Municipal Luís Eduardo Magalhães, de Itabuna, a 475 km de Salvador. Caso isso não aconteça, a direção da unidade de saúde deverá registrar uma queixa de furto na Polícia Civil.
Não é a primeira ocorrência do tipo registrada na unidade de saúde – também conhecida como Hospital de Base -, que é administrada pela Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (Fasi).
Em março de 2014, a instituição constatou o desaparecimento de outros três aparelhos respiradores doados ao município pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). Até hoje ninguém foi responsabilizado pelo sumiço dos equipamentos.
Os prejuízos materiais são estimados em R$ 184 mil. Mas o atendimento também fica fortemente afetado, já que os aparelhos são utilizados especialmente nos casos de emergência médica e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), nos cuidados a pacientes em estado grave.Os problemas com a Fasi, no entanto, vão além do desaparecimento de equipamentos médicos. Há dois dias, a administração da fundação foi acionada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia para corrigir irregularidades trabalhistas.Contas rejeitadas
Inquérito aberto pelo MPT indicou que não havia médicos contratados no quadro de pessoal da unidade de saúde em 2012. Toda atividade médica teria sido exercida por pessoas jurídicas contratadas para prestar serviços. Médicos deveriam ser selecionados em concurso público.
Já no último dia 8 de abril, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) rejeitou as contas do Hospital Luís Eduardo Magalhães, por meio da Fasi, apontando que foram apresentados processos de pagamentos incompletos.
Irregularidades
No seu parecer, o conselheiro Raimundo Moreira, relator do processo, recomendou a denúncia das irregularidades no Ministério Público Estadual. A reportagem tentou ouvir a direção do hospital, mas, até o fechamento da matéria, não obteve êxito.
Fonte: A TARDE
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