Variação do mosquito Aedes aegypti preocupa a Sesab

O governador Rui Costa e o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, vão a Brasília na próxima semana para apresentar ao ministro Arthur Chioro uma série de proposições voltadas ao controle de  uma possível proliferação do mosquito Aedes albopictus (variação do Aedes aegypti) no estado da Bahia.

A ideia da formulação do plano de ação surgiu porque  técnicos da Sesab  avaliam que a entrada do novo transmissor se dá pelos navios mercantes que chegam da Ásia. E o controle sanitário nos portos e aeroportos é  de responsabilidade da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão ligado ao Ministério da Saúde.

A secretaria baiana por enquanto não divulga quais são as proposições que serão levadas à capital federal, nem estipula a data do encontro entre as autoridades governistas. O que se sabe é que a Bahia defenderá um controle epidemiológico mais rigoroso da Anvisa.

O subsecretário da Saúde, Roberto Badaró, que é infectologista, afirma que o Aedes albopictus transmite sete doenças, além da tríplice viral, que já atinge a Bahia de forma epidêmica (dengue, chikungunya e zika vírus).

Entre essas doenças estão a febre amarela, a febre do Nilo e a febre de Mayaro.

Semelhança

Apesar do temor de proliferação do novo transmissor de doenças na Bahia, o também infectologista Robson Reis afirma que esse mosquito e o Aedes aegypti possuem características praticamente idênticas.

“A diferença é que essas outras sete doenças que o Aedes albopictus transmite não circulam aqui na Bahia. Então, o  Aedes aegypti ainda não pôde se infectar com elas para transmiti-las. O mosquito precisa contrair o vírus para transmitir”, explica o especialista.

No entanto, o infectologista  pondera que   “o comportamento das doenças é sempre muito dinâmico”. Dando como exemplo o vírus da zika, Reis afirma que mesmo tendo pouca incidência em algum local, essas doenças vetoriais (transmitidas por algum agente) realmente podem “se espalhar em pouco tempo”.

“Mas é para isso que existe vigilância epidemiológica, para tentar bloquear e isolar pacientes que chegam infectados ao país e ao estado, a fim de evitar proliferação”, considera o infectologista.

Fonte: A TARDE

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