Diretor do Hospital Roberto Santos diz que falta de soro ‘durou apenas duas horas’

O estoque do produto chegou em um nível crítico por conta do atraso na entrega pelo fornecedor e também em razão da demanda no feriado de Corpus Christi

O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), no Cabula, suspendeu ontem de manhã a realização de cirurgias eletivas — que não têm caráter de urgência, por causa do baixo estoque de soro fisiológico. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) não informou quantas cirurgias foram canceladas e precisaram ser remarcadas, mas confirmou que os procedimentos foram adiados para que fosse possível garantir os atendimentos de urgência e emergência da unidade.

Ainda de acordo com a Sesab, o estoque do produto chegou em um nível crítico por conta do atraso na entrega pelo fornecedor e também em razão da demanda no feriado de Corpus Christi. A servidora municipal Sirlene Alves, 27 anos, que acompanha o pai, paciente com câncer da unidade, ficou desesperada com a possibilidade de adiamento da cirurgia prevista para ontem. “Foi muito desespero quando disseram que todas as cirurgias estavam suspensas por falta de soro. Quando estávamos com a maca dele no corredor e sem saber o que fazer, o médico se conscientizou que o caso era grave e conseguiu 27 litros de soro para que a cirurgia pudesse ser realizada”, disse.O pai dela tem 65 anos e foi operado de um tumor no cérebro por volta de 12h. O diretor-geral do HGRS, Antônio Raimundo de Almeida, garantiu que ainda ontem a unidade voltou a realizar cirurgias eletivas, e que o abastecimento de soro havia sido normalizado.

“Essa situação durou apenas duas horas. A situação do Roberto Santos durante o feriadão ficou um pouco complicada. Utilizamos mensalmente litros e mais litros de soro. Infelizmente, houve um atraso do fornecedor e tivemos que suspender algumas cirurgias que não tinham urgência”, explicou Almeida, que assumiu a direção do hospital no final de março. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia, Francisco Magalhães, a falta de soro não é uma situação exclusiva do Roberto Santos. “Em todas as unidades de saúde sempre falta um item básico ou um medicamento de baixo valor, mas representam muito na vida do paciente”.  Segundo ele, o soro é imprescindível para manter a circulação do sangue, durante o procedimento cirúrgico, além de ser utilizado na aplicação de medicamentos.

Fonte: CORREIO

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