Obras do Hospital Municipal de Cajazeiras começam em maio

Dizem que as Cajazeiras são quase uma cidade dentro de Salvador, uma cidade de mais de 70 mil habitantes. Um município, no entanto, precisa de um hospital e é o que o distrito sanitário de Cajazeiras deve ganhar até o final de 2017. A prefeitura de Salvador anunciou nesta quarta-feira (2) que o primeiro hospital com atendimento de urgência e emergência da rede municipal deve começar a ser construído em maio de 2016.

As obras, no bairro vizinho da Boca da Mata, vão ter duração de 18 meses e devem dar conta de construir uma área de 12 mil metros quadrados em um terreno que fica na Estrada do Sitio Novo. “É uma área que não só vai atender uma região que tinha poucos ou quase nenhum leito de urgência e emergência”, destaca o secretário municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues. “Encontramos um terreno que está a cinco minutos da Avenida Paralela e a cinco minutos de Mussurunga, a 15 minutos da BR-324 e vai se integrar com nove UPAs que teremos concluídas em 2016, entre elas as de Itapuã, a de Pirajá e a de São Cristóvão”, completou o prefeito ACM Neto.

A prefeitura já lançou o processo de licitação, que deve ser concluído após o Carnaval. A empresa contratada vai se tornar responsável pela obra de imediato e tem até maio para elaborar o projeto complementar.

O investimento para erguer o hospital é de R$ 120 milhões, valor que inclui também equipamentos e mobiliário. O investimento será da própria prefeitura de Salvador. A expectativa é de que o custo de manutenção anual seja de R$ 100 milhões. Uma comissão com membros do Ministério da Saúde já foi formada para debater a administração em regime indireto, com atendimento exclusivamente gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os custos de manutenção serão cofinanciados com o governo federal. Entre as especialidades previstas para o hospital estão Cardiologia, Cirurgia Geral, Neurologia, Cirurgia Pediátrica, Pediatria, Ortopedia e Traumatologia.

SAÚDE EM NÚMEROS

A expectativa é de que entre visitantes, pacientes e os usuários dos serviços cerca de 50 mil pessoas passem no hospital por mês. Serão 180 leitos tradicionais e mais 30 Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs): 20 adultos e dez pediátricas. Por mês, estão previstas 3 mil consultas, 1.100 internações e 10 mil exames.

O hospital além de urgência e emergência pretende atender procedimentos de centros cirúrgicos e de alta complexidade, podendo até, com adaptações, fazer cirurgias de transplantes de órgão, segundo José Antônio. Além disso, a prefeitura pretende desenvolver o conceito de hospital-dia, que permite a realização de procedimentos sem a necessidade de internação. “As pessoas vão poder fazer cirurgias de pouca complexidade e ter alta no mesmo dia sem precisar utilizar a estrutura de hospital de mais de 24h.  São aquelas cirurgias menos invasivas, endoscópicas”, explica o secretário. Esse setor deve contar com 13 salas distribuídas entre áreas para exames, preparo e repouso; além de um centro cirúrgico com duas salas de pequenas cirurgias e 12 leitos de recuperação.

O projeto prevê uma equipe de atendimento domiciliar, dentro do quadro de funcionários do hospital, que fará o acompanhamento após a alta médica após os procedimentos. “O Centro cirúrgico está preparado para Neurocirurgia, Trauma-ortopedia e Cirurgia geral. Nossa expectativa no futuro é que possa ocorrer cirurgias oncologicas, biopsia por congelamento e até no futuro transplante de órgãos”, afirma José Antônio.

ESTRUTURA

O projeto prevê a construção de dois andares superiores e o acesso a estes pisos será feito por rampas, facilitando a acessibilidade e reduzindo uso de elevadores. Um heliponto será construído no hospital. “É incrível, mas Salvador tem poucas unidades com essa estrutura. Para se ter uma ideia tivemos dois acidentes graves aqui, o primeiro um desabamento, e todas as pessoas tinham que ser levadas pelo helicóptero do Graer (Grupamento Aéreo da PM) para o Subúrbio Ferroviário, você corre para um destino apenas por não ter suporte”, afirmo o titular da pasta de Saúde Municipal.  Inicialmente, a promessa era de que o hospital municipal fosse erguido no bairro de Pau da Lima, mas a prefeitura não encontrou terreno que abrigasse a estrutura. O terreno da Boca da Mata foi adquirido pelo município após decreto de utilidade pública.

Fonte: CORREIO

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