A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorram 12 milhões de novos casos de sífilis no mundo a cada ano. Desse total, 11 milhões – mais de 90% dos casos – estão na América Latina, Caribe, África subsaariana, sul e sudeste da Ásia, a área mais pobre do planeta. No mundo, a sífilis na gestação é responsável por 29% de óbitos perinatal, 11% de óbitos neonatais e 26% de natimortos.
Com o objetivo chamar a atenção da população em geral para o combate às doenças sexualmente transmissíveis, principalmente a sífilis, acontece no próximo dia 6, quinta-feira, das 8 às 13 horas, na sede do Ministério Público do Estado da Bahia, no Centro Administrativo da Bahia, a 9ª edição do encontro que marca o Dia Mundial de Combate à Sífilis.
O encontro, iniciativa da Regional Bahia da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST/Ba), em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab)/Programa Estadual de DST/Aids, Ministério Público do Estado da Bahia, Fórum Rede Cegonha Região Metropolitana de Salvador Programa Municipal de DST/Aids e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), terá a participação de cerca de 300 gestores e profissionais de saúde e educação, estudantes e imprensa.
Segundo o médico Roberto Fontes, presidente da SBDST/Ba, este ano o encontro tem o objetivo principal de discutir a prevenção, a assistência e o controle da sífilis nas populações em contextos de vulnerabilidade, a exemplo de profissionais do sexo, população de rua, usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade, indígenas e quilombolas, homens que fazem sexo com homens, travestis e transexuais. “Os resultados de algumas pesquisas mostram uma maior vulnerabilidade destas populações às infecções sexualmente transmissíveis e que estes indivíduos podem, em vários momentos, entrar em conexão com a população geral”, alerta Roberto Pontes.
Dia Mundial Com o objetivo de chamar atenção para a importância do combate à doença, que acumula números preocupantes em todo o mundo, foi instituído, em 2006, durante o VI Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis e II Congresso Brasileiro de Aids, o Dia Nacional de Combate à Sífilis, que é comemorado no terceiro sábado do mês de outubro, e foi instituído em 2006, durante o VI Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis e II Congresso Brasileiro de Aids, com o objetivo de chamar atenção para a importância do combate à doença, que acumula números preocupantes em todo o mundo. Esse ano, as atividades foram transferidas para o dia 6 de novembro.
A sífilis é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode ser transmitida por via sexual – sífilis adquirida, ou da mãe para o filho, conhecida como sífilis congênita. O tratamento é feito através do uso da penicilina, mas apesar do combate à bactéria ser uma realidade há pelo menos 50 anos, a doença se mantém como um sério problema de saúde pública em todo o mundo. A sífilis durante a gravidez pode causar aborto, além de cegueira, surdez, deficiência mental e malformações no feto. A doença em parturientes é quatro vezes maior que a da infecção pelo HIV.
No Brasil, segundo dados da OMS sobre infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa, a cada ano surgem 937.000 novos casos de sífilis. A prevalência na gestante é de 2,6%, o que corresponde a quase 50 mil gestantes com sífilis e 12 mil casos são de sífilis congênita por ano. A taxa de incidência de sífilis congênita é de cerca de 4 casos / 1.000 nascidos vivos. A Organização Mundial de Saúde considera que a sífilis congênita é eliminada quando a ocorrência é de 1 caso/ 1000 nascidos vivos.
Fonte: SBDST
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